Agente Marco Aurélio Lustosa chega ao quarto processo: calúnia, duas falsidades ideológicas, ameaça armada e abuso de autoridade formam dossiê explosivo na Mobilidade Urbana de Palmas
- Palmas Turbo News
- 12 de mai.
- 3 min de leitura
Quatro processos, duas falsidades ideológicas, uma calúnia e uma ameaça armada — a radiografia de um agente que transformou o poder de polícia em máquina de mentiras e perseguição pessoal.

Palmas/TO – Velho conhecido dos bastidores da fiscalização de trânsito, o agente Marco Aurélio Lustosa acaba de sofrer a quarta ação judicial em menos de um ano – desta vez, uma queixa‑crime por calúnia qualificada. O caso se soma a outras três demandas que já tramitam contra o servidor: ameaça armada, falsidade ideológica em autos de infração, e outra falsidade ideológica numa ação judicial onde ele atribuiu ao especialista em direito de trânsito, o “Doutor Multas”, fatos que nunca aconteceram.
Entenda os quatro processos que cercam Lustosa
nº | Natureza da acusação | Fato imputado a Lustosa | Situação processual |
1 | Ameaça (art. 147, CP) | Colocar a mão na arma e ameaçar o jornalista durante cobertura de fiscalização (18/11/2024) | Inquérito policial em curso |
2 | Falsidade ideológica + Abuso de autoridade | Inserir horário e fatos inexatos em dois autos de infração, negar entrega do AIT e lavrar multa em retaliação | Representação criminal já protocolada |
3 | Falsidade ideológica (petição judicial) | Na ação de medidas protetivas que ele próprio propôs, escreveu que o jornalista “distribuiu cartões e prometeu derrubar multas” – tudo desmentido em vídeo | Processo em tramitação |
4 | Calúnia qualificada (novo) | No Auto de Infração E110000536, acusou o jornalista de “tentar jogar a população contra agentes”, imputando-lhe crime de incitação (art. 286, CP) | Queixa‑crime recém‑distribuída no Juizado Especial Criminal |
No processo 4, Doutor Multas requereu aplicação da agravante do art. 61, II, “e” (abuso de função pública) e indenização por danos morais de R$ 20 mil, com base no art. 387, IV do CPP.
Vídeo desmente e amplia a crise
Um vídeo de 6m e 24s, sem cortes, gravado durante a operação do dia 18/11/2024, derruba todas as versões do agente:
Não há incitação – Doutor Multas questiona a entrega do auto, mas em nenhum momento convoca populares a hostilizar agentes.
Guarda Metropolitana presente – Três viaturas testemunham o diálogo e nada registram contra Johnny.
Entrega de cartões nunca existiu – Imagem nítida mostra que o protagonista do Código de Trânsito sequer leva cartões consigo.
Blindagem política em xeque
O caso ganha contornos ainda mais graves porque o Secretário de Mobilidade Urbana, Francisco Seixas – amigo de Lustosa há mais de 20 anos – é réu na Ação Penal 0019745‑26.2025.8.27.2729 por prevaricação, acusado de blindar o agente, mentir à imprensa e barrar sindicâncias internas. Documentos indicam que Seixas acessou, por três vezes, o processo judicial que denunciava Lustosa, mas nada fez.
Doutor Multas e o alcance das denúncias
Formado e pós‑graduado em Direito de Trânsito, Johnny mantém o perfil @DoutorMultas no Instagram, com 80 mil seguidores e 18,6 milhões de visualizações apenas em janeiro de 2025. As postagens expõem erros de autuação e abusos policiais em todo o país, munidas de laudos, vídeos e jurisprudência.
“Quando um agente público falsifica documentos para retaliar quem denuncia, ele atenta contra a liberdade de imprensa e contra o próprio serviço público”, afirma Johnny. “Reforço que tudo é respondido com provas, no Judiciário e à luz da lei.”
Próximos passos
A nova queixa‑crime pede:
Citação pessoal de Lustosa;
Reconhecimento da agravante de abuso de função;
Fixação de indenização moral;
Já os demais processos evoluem em paralelo — dois na esfera criminal (ameaça e falsidades) e um na administrativa, com reflexos civis. O Ministério Público pediu que o caso fosse remetido a Polícia Civil para investigação.
Impacto: Se condenado em todos os processos, Lustosa pode somar penas que ultrapassam mais de dez anos de cadeia, além de enfrentar perda de cargo público e multas civis. A sociedade aguarda respostas e medidas estruturais que impeçam o uso do poder de polícia como arma de vingança pessoal.
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