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Amigos do Poder: Ao entregar SEMOB a agente de trânsito, Prefeito consolida reinado de impunidade e corporativismo na Mobilidade Urbana

  • Foto do escritor: Palmas Turbo News
    Palmas Turbo News
  • 7 de mar.
  • 4 min de leitura

“De promessa eleitoral a arma para acobertar atropelamentos e falsificações: secretário ‘amigo dos colegas’ deixa motociclistas no chão e provas no lixo.”




O que deveria ser uma “inovação” no comando da Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) degenerou em um cenário de violência institucional, amarras corporativistas e total ausência de apuração interna. As imagens chocantes de um agente de trânsito atropelando um motociclista, ao mesmo tempo em que o Secretário Francisco Seixas cruza os braços, ilustram bem como a aposta eleitoral do prefeito em pôr “um de dentro” no cargo máximo da pasta se converteu numa tragédia anunciada.


Três imagens, um enredo de horror


  1. À esquerda, o registro de um atropelamento em plena luz do dia: um motociclista estendido no chão, com o agente de trânsito aplicando força ostensiva ao lado da viatura oficial – enquanto, segundo denúncias, nenhuma providência é adotada pela cúpula da SEMOB para investigar o episódio.


  2. No centro, o Secretário Francisco Seixas posa em seu gabinete, vestindo terno e emanando ares de autoridade, mas sistematicamente se omite quando confrontado com solicitações para instaurar processos disciplinares.


  3. À direita, o controverso agente Marco Aurélio Lustosa, trajando uniforme paramilitar e exibindo arma ou equipamento tático de modo intimidador, investigado por crimes gravíssimos, como abuso de autoridade, falsidade ideológica e falsificação de autos de infração – infrações que poderiam ser imediatamente revistas, se o secretário cumprisse seu dever.


De novidade a blindagem


O prefeito, durante a campanha, vangloriou-se ao prometer colocar um agente de trânsito na chefia do órgão, vendendo a ideia de que “quem vive o dia a dia nas ruas seria mais sensível ao bem-estar da população”. O resultado, porém, parece invertido: colegas de farda agora agem como donos da SEMOB, atropelando motociclistas, emitindo multas fraudulentas e, comprovadamente, livrando-se de qualquer investigação, graças à amizade e "lealdade" entre Seixas e Lustosa, companheiros de trabalho por décadas.


Omissão sistemática: atropelamentos e crimes sem resposta


Quem esperava eficiência e transparência encontra um festival de desinteresse. Embora existam três ofícios formais cobrando a instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Lustosa — acusado de adulterar horários em autos de infração e de agir com abuso de autoridade —, Seixas jamais respondeu. Ao contrário, cada nova denúncia se depara com o mesmo muro de silêncio. Nem mesmo o atropelamento registrado em frente a um hospital e flagrado pela população motivou qualquer apuração ou punição.


Paralisia dolosa ou parceria no crime?


Analistas avaliam que a conduta de Seixas transcende negligência e pode se enquadrar como prevaricação, crime em que a autoridade retarda ou deixa de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal — neste caso, proteger seu “amigo de farda”. Também se discute a hipótese de improbidade administrativa, já que o secretário teria violado os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, blindando atos potencialmente criminosos cometidos por um subordinado.


Um retrato do corporativismo mais perverso


A imagem do agente usando trajes táticos e agindo como “milícia” urbana contrasta com a tranquilidade do Secretário em seu gabinete, onde todas as denúncias parecem irrelevantes. Motoristas e motociclistas, por outro lado, contam histórias de abordagens arbitrárias, horários forjados nos autos e sorrisos de deboche diante de questionamentos. Agora, com a pasta nas mãos de quem defende os seus antigos colegas, a punição tornou-se improvável.


Mobilização da sociedade e ação judicial


Revoltados com o atropelamento e a recusa em rever multas supostamente fraudulentas, munícipes estão se unindo a advogados e especialistas cogitam a hipótese de acionar o Judiciário. O o afastamento cautelar de Francisco Seixas, sob alegação de que sua permanência entorpece qualquer investigação é indiscutível. Há ainda representações ao Ministério Público para apurar crime de prevaricação e atos de improbidade.


Prefeito ignora caos na SEMOB


Até o momento, a gestão municipal finge não enxergar as denúncias. O prefeito, que outrora prometia uma “revolução na Mobilidade”, fecha os olhos para a avalanche de reclamações e o cenário de medo instaurado entre condutores. Moradores relatam temor de sofrer retaliação se questionarem autuações ou abusos na via pública.


Fim ou agravamento do pesadelo?


Com a SEMOB cada vez mais dominada por “amigos do chefe” — que se julgam no direito de atropelar cidadãos e falsificar documentos —, a crise tende a se agravar. A comunidade espera que a Justiça atue de forma independente, coibindo as ilegalidades e restabelecendo o mínimo de credibilidade no órgão. Enquanto isso, a imagem do motociclista estendido no chão, e do agente paramilitar posando orgulhosamente com sua arma, serve de lembrete diário de que o sonho de “inovação” degringolou em uma tragédia de impunidade e medo nas ruas de Palmas.


Nota a Prefeitura de Palmas


No compromisso com a imparcialidade e a transparência, uma solicitação formal de posicionamento foi enviada à Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Palmas, questionando a gestão municipal sobre as omissões do Secretário Francisco Seixas, a recusa em instaurar Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o agente denunciado e a falta de providências diante do atropelamento protagonizado por um agente de trânsito.


Entretanto, até o fechamento desta matéria, não houve qualquer resposta por parte da Prefeitura. Reforçamos que, assim que houver um retorno oficial, esta publicação será atualizada para garantir que a versão da gestão municipal também seja apresentada.

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