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Deboche com dinheiro público: O que aconteceu com os policiais que usaram viatura para festa particular durante a pandemia?

  • Foto do escritor: Palmas Turbo News
    Palmas Turbo News
  • 20 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de fev.

“De trás das câmeras, o Tenente Régis debocha da sociedade enquanto policiais fazem festa com viatura oficial”


VÍDEO JORNAL ANHANGUERA

O uso indevido da estrutura pública para fins pessoais sempre gera revolta, mas quando esse abuso parte justamente de agentes que deveriam zelar pela ordem, a indignação é ainda maior. Em maio de 2020, durante o auge da pandemia, um vídeo divulgado pelo G1 Tocantins expôs uma confraternização de policiais militares na base do Corpo de Bombeiros, na Praia do Prata, em Palmas. O episódio foi marcado não apenas pelo desrespeito às restrições sanitárias, mas, sobretudo, pelo tom de deboche registrado nas imagens.


No vídeo, o tenente Régis, da Polícia Militar do Tocantins, aparece filmando a festa enquanto militares consomem churrasco ao som de música alta tocada no sistema de som de uma viatura oficial. O que mais revoltou foi a ironia da fala do policial:

“Essa vida aqui tem que prestar concurso, viu. É só prestar concurso que a gente vive bem”,insinuando que a estabilidade e os privilégios do cargo os colocavam acima da população comum, que naquele momento enfrentava dificuldades econômicas severas e restrições severas de circulação.

Tenente Régis - Responsável pelo vídeo, sentado na viatura oficial bebendo cerveja.
Tenente Régis - Responsável pelo vídeo, sentado na viatura oficial bebendo cerveja.

Diante da repercussão negativa, a Polícia Militar do Tocantins divulgou uma nota afirmando que um procedimento administrativo havia sido instaurado para apurar a responsabilidade dos envolvidos. A corporação reconheceu que a conduta dos militares era incompatível com os valores institucionais e pediu desculpas à sociedade tocantinense.


No entanto, quatro anos se passaram e não se tem notícias sobre o resultado das investigações internas. Afinal, quais foram as punições aplicadas? Os policiais foram responsabilizados? Houve alguma consequência real ou apenas uma apuração burocrática que terminou em nada? 


O caso levanta questionamentos sobre a transparência e a efetividade dos mecanismos disciplinares dentro das forças de segurança.


Enquanto a sociedade cobra respostas, a sensação que fica é de impunidade. O uso de viaturas, gasolina, estrutura pública e, acima de tudo, o tom de deboche de agentes que deveriam representar a lei e a ordem, não podem ser esquecidos. As autoridades devem um esclarecimento à população sobre o destino desse procedimento, pois abusos desse tipo não podem ser tratados com condescendência.


O Portal Palmas Turbo News enviou solicitação de esclarecimentos ao Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO), buscando informações sobre os desdobramentos da cessão do espaço e eventuais providências tomadas em relação ao episódio. No entanto, até o fechamento desta matéria, não houve qualquer resposta por parte da corporação.


Em relação à Polícia Militar do Tocantins, não foi possível enviar solicitação de nota oficial, visto que a assessoria de comunicação da instituição bloqueou todos os canais de contato do portal, tanto via WhatsApp quanto e-mail, configurando uma afronta direta à liberdade de imprensa. Tal atitude impede o direito fundamental de questionamento e transparência dos atos públicos, evidenciando uma tentativa deliberada de censura e silenciamento da imprensa independente.

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