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"MISTÉRIO": Suspeitos adoecem em série após prisão preventiva decretada pelo do STF em ação que investiga vazamento de operações sigilosas.

  • Foto do escritor: Palmas Turbo News
    Palmas Turbo News
  • 10 de jul.
  • 2 min de leitura

Corriam o dia todo pela cidade, ostentavam saúde pra todos os lados, mas, após serem presos preventivamente pelo STF, todo mundo saiu ficando doente simultaneamente.

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No último dia 8 de junho, o prefeito afastado de Palmas, José Eduardo Siqueira Campos, preso preventivamente por ordem do Supremo Tribunal Federal sob a acusação de monitorar e vazar informações sigilosas de operações do STJ e da Polícia Federal, foi conduzido às pressas ao Hospital Geral de Palmas (HGP) após apresentar quadro clínico compatível com infarto. O episódio foi decisivo para a conversão da prisão preventiva em regime fechado para prisão domiciliar, decisão judicial que, embora amparada em laudos médicos, gerou forte repercussão pública.


Dois dias depois, o padrão se repetiu: o agente da Polícia Civil do Tocantins Marcos Albernaz, também preso preventivamente na mesma operação, relatou “mal-estar súbito” e foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Certamente a defesa não demorará para solicitar os mesmos benefícios concedidos ao prefeito afastado, seguindo uma sequência que começa a chamar a atenção pela similaridade dos quadros clínicos e pelos efeitos jurídicos produzidos.


Marcos Albernaz, além de responder pelo envolvimento no suposto vazamento de informações da operação federal, também é réu em outra ação penal derivada da Operação Éris, que investigou o uso indevido da estrutura da Polícia Civil durante o governo de Mauro Carlesse, com indícios de aparelhamento institucional, perseguição política e uso da máquina de Estado para proteção de aliados e repressão de adversários.


Tais casos, no entanto, não são episódios isolados. Não é a primeira, nem segunda vez que a Polícia Civil figura em investigações por utilização de seu sistema ilegalmente. O Ministério Público e a própria Polícia Federal vêm apontando, em diferentes investigações, a existência de um padrão sistêmico de instrumentalização da segurança pública estadual para fins pessoais, políticos e eleitorais. O uso seletivo de informações sigilosas, a blindagem de aliados e a retaliação de desafetos formam o pano de fundo que conecta essas denúncias.


O único que ainda não ficou doente, é o advogado Antônio Ianowich Filho, também investigado na mesma operação. A ironia, cada vez mais comentada nos bastidores, é que resta apenas Ianowich alegar um súbito mal-estar para que todos os acusados estejam em casa, confortavelmente monitorados por tornozeleiras, mesmo diante da gravidade das imputações.


O que chama atenção é o fato de que todos os investigados mantinham aparência de plena saúde em redes sociais e nas atividades descritas pelas investigações da PF. Subitamente, em questão de dias, surgem sintomas graves e simultâneos, abrindo espaço para o questionamento: seria mera coincidência médica ou mais uma etapa de um script cuidadosamente calculado para aliviar os efeitos de uma operação que ameaça desestabilizar estruturas inteiras do poder no Tocantins?

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