Operacão Serpens: DHPP de Palmas prende casal investigado por homicídio após confusão em casa de shows

A Polícia Civil do Tocantins, por meio de uma investigação minuciosa da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas, deflagrou na manhã desta sexta-feira (11), a Operação Serpens, com o cumprimento de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra um casal investigado por envolvimento no assassinato de Ilmar Pereira Leite. O crime ocorreu em 15 de dezembro de 2024, após uma confusão em uma casa de shows na quadra 602 Norte, em Palmas. VEJA O MOMENTO DA PRISÃO:

O homem de iniciais A.M.S. é apontado como autor dos disparos que atingiram Ilmar em frente a um bar na região norte da capital. A mulher, identificada pelas iniciais G.S., também acompanhava a cena e teria incentivado o crime. Ilmar chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Geral de Palmas, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com o delegado Eduardo Menezes, responsável pelo caso, a companheira da vítima foi ouvida logo após o crime e relatou que a briga teve início na casa de shows. G.S., que já havia sido amiga da companheira de Ilmar, teria iniciado as agressões motivadas por desentendimentos anteriores. Quando Ilmar tentou defender sua companheira, foi ameaçado por A.M.S., sendo contido pelos seguranças do local.

Após o fim da confusão, os dois casais deixaram o local. Ilmar e sua companheira foram para casa e relataram o ocorrido ao filho dela, que, temendo por represálias, os acompanhou ao retornarem à casa de shows. No local, os agressores também haviam voltado, inclusive armados. Os seguranças intervieram, e os autores novamente deixaram o local. As vítimas, então, decidiram voltar para casa.

Ao pararem o carro em frente a um bar para aguardar o filho, foram surpreendidos. O autor se aproximou do veículo e efetuou seis disparos contra Ilmar, que estava com o cinto de segurança e não teve chance de defesa. A mulher de A.M.S. acompanhou toda a ação e o incentivou.

O enteado de Ilmar presenciou os disparos e chegou a perseguir o autor, sem sucesso. A investigação contou com imagens de câmeras de segurança e depoimentos que confirmaram a autoria. G.S. chegou a alegar que o enteado teria ameaçado com uma foice, tentativa refutada pelas provas colhidas. A.M.S., por sua vez, optou por permanecer em silêncio.

Apesar de A.M.S. já estar preso desde janeiro deste ano por tráfico de drogas, sua prisão preventiva pelo homicídio também foi decretada. G.S., que respondia em liberdade, teve a prisão cumprida nesta sexta-feira. Dispositivos eletrônicos foram apreendidos na residência do casal para complementar as investigações. O inquérito será finalizado nos próximos dias e remetido ao Judiciário.